Durante uma audiência recente na Câmara dos Deputados, o ministro da Fazenda apresentou um panorama otimista sobre os rumos da economia brasileira. Ele enfatizou que os avanços conquistados nos últimos meses resultam de um esforço coordenado entre diferentes áreas do governo. Segundo ele, a continuidade dessas medidas depende diretamente da aprovação de propostas que estão em análise no Congresso Nacional. A mensagem central foi clara: a responsabilidade fiscal está sendo tratada como prioridade e há um compromisso sólido com o equilíbrio das contas públicas.
O ministro apontou que os indicadores econômicos mais recentes mostram uma tendência positiva, com crescimento gradual da arrecadação e estabilização da dívida pública em relação ao PIB. De acordo com sua análise, essa evolução só será mantida se houver adesão às políticas estruturais propostas, que visam modernizar o sistema tributário e ampliar a base de contribuintes. Ele reforçou que a intenção não é aumentar a carga tributária, mas sim torná-la mais justa, corrigindo distorções históricas que penalizam os que menos ganham.
A busca por justiça tributária ganhou destaque nas falas do ministro, que defendeu uma reformulação das regras atuais, com foco na progressividade e na simplificação do sistema. Ele mencionou que a estrutura vigente é complexa, ineficiente e contribui para a desigualdade. Para ele, a criação de um modelo mais transparente e equilibrado pode favorecer o ambiente de negócios, aumentar a competitividade das empresas e atrair novos investimentos para o país. Esse movimento, segundo o governo, é essencial para garantir uma recuperação econômica sólida e sustentável.
Além das propostas já encaminhadas, foram mencionadas futuras iniciativas que visam consolidar um pacto federativo mais justo. O ministro argumentou que, com a repartição mais equitativa dos recursos entre União, estados e municípios, será possível fortalecer os serviços públicos e atender melhor às demandas da população. Essa redistribuição de receitas, alinhada a critérios de eficiência e necessidade, poderá reduzir as desigualdades regionais e contribuir para o desenvolvimento de áreas historicamente negligenciadas.
Em relação à meta fiscal do próximo ano, foi reafirmada a confiança de que ela será cumprida, desde que o Congresso aprove as medidas sugeridas pelo Executivo. O ministro reforçou que não se trata de uma promessa vaga, mas de um plano concreto, construído com base em dados técnicos e projeções realistas. Para ele, atingir esse objetivo não é apenas uma meta contábil, mas um passo essencial para restaurar a credibilidade do país perante investidores e organismos internacionais.
Outro ponto importante da audiência foi o debate sobre os gastos públicos. O ministro reconheceu que há um desafio constante em equilibrar as despesas do Estado com a arrecadação disponível. No entanto, garantiu que a gestão atual está comprometida com a responsabilidade fiscal, sem abrir mão de políticas sociais e investimentos estratégicos. Ele destacou que eficiência e justiça devem andar juntas na administração dos recursos públicos, e que cortes cegos não resolverão os problemas estruturais do país.
O diálogo com o Parlamento também foi valorizado como parte essencial desse processo. O ministro afirmou que o sucesso das propostas depende de uma construção conjunta, que envolva escuta, negociação e responsabilidade política. Segundo ele, não há espaço para soluções unilaterais em um país com tantas diferenças sociais e econômicas. Ele concluiu dizendo que o momento exige coragem para transformar e inteligência para construir consensos que beneficiem a maioria.
O cenário apresentado indica que o governo está disposto a promover mudanças profundas na estrutura econômica e fiscal do país. A audiência reforçou a importância de se aprovar medidas estruturantes, que garantam equilíbrio fiscal, justiça tributária e desenvolvimento sustentável. A expectativa é de que, com diálogo e comprometimento, seja possível avançar em direção a um modelo mais justo, inclusivo e eficiente para todos os brasileiros.
Autor : Vogel Huber